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Lula quer que hospitais denunciem a violência

A regulamentação de uma lei que obriga hospitais e postos de atendimento médico a comunicarem a polícia a ocorrência de internação de mulheres vítimas de violência foi anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para dentro de aproximadamente 30 dias.
“Nós sabemos que muitas vezes essa violência se dá dentro de casa”, afirmou Lula, em entrevista ao seu programa quinzenal de rádio, “Café com o Presidente”. Segundo dados do Cefêmea (Centro Feminista da Assessoria), no Brasil, a cada quatro minutos uma mulher é agredida em seu próprio lar ou por uma pessoa com quem mantém relação de afeto.

DENTRO DE CASA
As estatísticas disponíveis e os registros das delegacias demonstram que 70% dos incidentes ocorrem dentro de casa e que o agressor é o próprio marido ou companheiro.
Ele lembrou que, no ano passado, o governo tomou diversas iniciativas em reconhecimento à importância da mulher. Entre elas, o Programa Especial para a Mulher, dentro do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura, para o qual foram liberados R$ 5, 4 milhões.
Lula citou diversos outros programas que beneficiam as mulheres. No entanto, disse o presidente, o espaço conquistado por elas ainda é pouco diante do que merecem. “Precisamos aperfeiçoar a política de saúde para mulher, a política de empregos e precisamos começar a discutir na sociedade. Não é uma questão do presidente da República, é da sociedade”, disse.
Lula também elogiou a atuação das mulheres de seu ministério, como Marina Silva (Meio Ambiente), Dilma Rousseff (Minas e Energia), Nilcéia Freire (Secretaria Especial das Mulheres) e Maltide Ribeiro (Secretaria da Igualdade Racial).