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Saúde suplementar: Modelo em xeque

A assistência à saúde de quarenta milhões de brasileiros é custeada por eles mesmos ou por seus empregadores. Tal opção tem custo expressivo, mas certamente é inferior ao que o participante teria de pagar se tivesse de recorrer, sem cobertura de qualquer plano, aos serviços médico-hospitalares particulares, com o grau de sofisticação que a medicina hoje oferece.

Se, por um lado, esses brasileiros se sentem mais bem assistidos, por outro, também diminuiu a demanda potencial pelos serviços públicos de saúde, permitindo que o Estado possa melhorar também o seu padrão de atendimento para as camadas mais humildes da população.

O mutualismo é a base do sistema de planos de saúde, e se espelha na idéia do seguro (não por acaso várias seguradoras são atuantes no ramo). Os participantes rateiam entre si o atendimento dos que recorrem a esses serviços.

Portanto, o custo do plano para o participante é sempre proporcional ao seu uso. A amplitude dos serviços, imposta por mudanças na legislação, e mais o encarecimento dos serviços médico-hospitalares (que tem ficado acima da média da inflação) vêm criando impasses no setor.

Para os participantes individuais as mensalidades estão atingindo um patamar que muitos já não podem pagar – daí que o número de pessoas assistidas primeiro parou de crescer, e agora começa a diminuir. Médico, casas de saúde e hospitais reclamam que recebem pouco pelos serviços. Os administradores por sua vez dizem pagar mais. O modelo está em xeque e precisa ser repensado. Antes que quebre.